TECNOLOGIA
Como a escola pode aproveitar as novas tecnologias?
Especialistas defendem modelo de ensino tecnológico chamado 3.0
Redes sociais, tablets, lousas digitais, conteúdo interativo e 70% dos
jovens brasileiros entre 15 e 19 anos mergulhados na internet. As
possibilidades da tecnologia reforçam a ideia de que o modelo de
Educação praticado hoje está defasado. As escolas que existem não são as
escolas de que precisamos. O congresso InovaEduca 3.0 trouxe
especialistas a São Paulo para discutir como as escolas podem se
preparar para a realidade digital. Não existe um caminho pronto
para a introdução da tecnologia nas salas de aula. O professor da
Universidade de Nova York Jim Lengel afirmou que é preciso reinventar a
Educação e deu indicações de como seria esse novo modelo. Para ele, as
escolas historicamente sempre formaram o cidadão necessário àquela
sociedade e acompanharam as mudanças do mercado de trabalho.
Reivenção da escola
Não é apenas o mercado que pede mudanças. 40% dos jovens entre 15 e 17
anos que deixaram de estudar o fizeram por considerar a escola
desinteressante. O estudo "Motivos da Evasão Escolar", realizado pela FGV - RJ EM 2009, mostrou também que a necessidade de
trabalhar é o segundo motivo pelo qual jovens deixam de estudar. O
triste paradoxo é que continuar estudando garante salários melhores. O
PNAD de 2007 calculou que a conclusão do Ensino Médio aumenta o salário
em 34,39%. "A sala de aula, por sua inércia, pertence muito mais ao
mundo da depressão do que o da diversão. Não conseguimos mais produzir
encantamento, curiosidade, surpresa", instiga Luciano Meira, pedagogo e
professor da UFPE. O uso da tecnologia pode ajudar a modernizar o
ensino, mas a maioria das escolas ainda não encontrou seu caminho.
"Ainda estamos presos na Educação 2.0", lamentou Lengel. Ele descreveu
como seria a escola 3.0, que aproveita e inclui a tecnologia para melhorar
o ensino e aprendizagem.
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