terça-feira, 9 de outubro de 2012

TECNOLOGIA

Como a escola pode aproveitar as novas tecnologias?

Especialistas defendem modelo de ensino tecnológico chamado 3.0

           Redes sociais, tablets, lousas digitais, conteúdo interativo e 70% dos jovens brasileiros entre 15 e 19 anos mergulhados na internet. As possibilidades da tecnologia reforçam a ideia de que o modelo de Educação praticado hoje está defasado. As escolas que existem não são as escolas de que precisamos. O congresso InovaEduca 3.0 trouxe especialistas a São Paulo para discutir como as escolas podem se preparar para a realidade digital. Não existe um caminho pronto para a introdução da tecnologia nas salas de aula. O professor da Universidade de Nova York Jim Lengel afirmou que é preciso reinventar a Educação e deu indicações de como seria esse novo modelo. Para ele, as escolas historicamente sempre formaram o cidadão necessário àquela sociedade e acompanharam as mudanças do mercado de trabalho.

Reivenção da escola

            Não é apenas o mercado que pede mudanças. 40% dos jovens entre 15 e 17 anos que deixaram de estudar o fizeram por considerar a escola desinteressante. O estudo "Motivos da Evasão Escolar", realizado pela FGV - RJ EM 2009, mostrou também que a necessidade de trabalhar é o segundo motivo pelo qual jovens deixam de estudar. O triste paradoxo é que continuar estudando garante salários melhores. O PNAD de 2007 calculou que a conclusão do Ensino Médio aumenta o salário em 34,39%. "A sala de aula, por sua inércia, pertence muito mais ao mundo da depressão do que o da diversão. Não conseguimos mais produzir encantamento, curiosidade, surpresa", instiga Luciano Meira, pedagogo e professor da UFPE. O uso da tecnologia pode ajudar a modernizar o ensino, mas a maioria das escolas ainda não encontrou seu caminho. "Ainda estamos presos na Educação 2.0", lamentou Lengel. Ele descreveu como seria a escola 3.0, que aproveita e inclui a tecnologia para melhorar o ensino e aprendizagem.

                                                                                  Texto Iana Chan

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